Oficina online de parentalidade recebeu 2.444 inscrições desde novembro
Mais de 2.400 pessoas já se inscreveram nas oficinas online de parentalidade para pais e mães, oferecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O curso busca auxiliar famílias que enfrentam conflitos relacionados à ruptura do vínculo conjugal a desenvolverem uma relação saudável junto aos filhos.
Do total de inscritos nas oficinas online, 1.852 são mulheres e 591 são homens. A maioria dos inscritos é da Região Sudeste (978 pessoas), seguida da Região Centro-Oeste (445), Nordeste (416), Sul (398) e Norte (206). Entre os inscritos, 993 se declaram casados, 959 são solteiros, 451 são divorciados e 40 são viúvos. Até o último dia 17 de dezembro, 620 pessoas haviam concluído a oficina e recebido o certificado de conclusão.
Lançada no início de novembro, a versão online da oficina de parentalidade tem o mesmo conteúdo do curso presencial, recomendado pelas Varas de Família dos Tribunais de Justiça a casais envolvidos em processos de separação ou que enfrentam, na Justiça, disputas relacionadas à ruptura do vínculo conjugal, como disputa de guarda dos filhos e regulamentação de visitas. Para a versão online, desenvolvida pela juíza Vanessa Aufiero da Rocha, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), foram feitas adaptações para a linguagem utilizada na educação a distância.
Uma das vantagens do curso online é viabilizar a realização das oficinas de parentalidade em todo o país, já que nem sempre os Tribunais de Justiça têm estrutura para oferecer o curso. Na versão virtual, a oficina tem carga horária de 20 horas, divididas em cinco módulos: “Os efeitos da separação para os adultos”; “Os efeitos da separação para o seu filho”; “Você, seu filho e seu par parental”; “Alienação Parental” e “Escolhas”.
A oficina aborda os diferentes tipos de família, os estágios psicológicos pelos quais as pessoas passam num processo de separação, os estágios porque passam os filhos, as respostas típicas e as mudanças no comportamento dos menores ao fim da união do pais, entre outras questões. A oficina mostra também o que os pais podem fazer para ajudar os filhos a se adaptarem à nova realidade e como reconhecer uma situação de alienação parental.
O curso é gratuito e está disponível em caráter permanente na área destinada ao Ambiente Virtual de Aprendizagem do portal do CNJ (www.cnj.jus.br/eadcnj). Para acessar a oficina, não é preciso que a pessoa seja indicada por um tribunal ou por outro órgão de Justiça ou mesmo que tenha algum processo em curso na área de Direito de Família, basta preencher o formulário online.
Tatiane Freire
Agência CNJ de Notícias